Autor: Cicero Rodrigues
Dizem
que a sorte é cega
Me
parece ser verdade,
Se
traça com o destino
Com
grande ansiedade,
Fazendo
muitos cair,
Nas
garras da crueldade.
Não
sei se o destino,
Ou
gênio tirano e forte,
Leva
o homem de vez
Destruir
a sua sorte,
Caindo
sem esperar,
Nos
laços tristes da morte.
A
história que escrevo
De
um caso que foi passado,
Aqui
bem perto da gente,
Nas
terras do nosso estado,
Escrevo
para deixar,
Este
caso registrado.
Cícero
Virginio era um jovem,
Nestas
terras se criou,
Filho
de família humilde,
Gente
de muito valor,
Era
bastante otimista,
Honesto
e trabalhador.
Mais
ou menos trinta anos
Era
a idade que tinha,
Isto
é, se não me engano
Ou
falha a memória minha,
Casado
tinha um filho,
Que
se chamava Juquinha.
Juquinha
é filho único
Com
sua esposa Maria,
Viveram
por alguns anos
Na
mais perfeita harmonia,
Desta
tragédia maldita,
Este
casal não sabia.